quinta-feira, 17 de maio de 2012

Guernika



Em janeiro de 1937, o governo de Juan Negrin pediu a Picasso uma pintura de grandes dimensões para a Exposição Internacional de Paris. O momento era dramático: a Guerra Civil esmagava Espanha e a Segunda Guerra Mundial estava prestes a devastar a Europa.


Os livros de história dizem que o último presidente republicano tinha dito: " Se temos Picasso, de corpo e alma, uma obra sua terá maior impacto do que ganhar uma batalha contra os fascistas" Ele estava certo.
A Guernica tornou-se um símbolo contra a barbárie . Picasso começou a pinta-la em maio 1937 após a Legião Condor alemã ter bombardeado Gernika em apoio ao General Franco. Em junho, a pintura de Picasso foi para Paris e após a Expo, tornou-se propaganda ambulante ao serviço da República. Durante décadas, o quadro divulgado pelos militantes de esquerda, serviu para agitar consciências. José Luis Sert, um dos designers do Pavilhão de Paris, descreveu seu impacto: "As pessoas passavam diante dele em silêncio, como se percebessem que era uma premonição do que mais tarde viria a acontecer na Segunda Guerra Mundial.
O quadro de Picasso foi "um grito das pessoas que lutam pela sua liberdade, pela sua dignidade e seus direitos."
As interpretações foram horripilantes e de grande impacto nas pessoas: corpos a arder, mulheres fugindo, a humanidade impotente diante do que vê, o touro símbolo fascista, a pomba da paz oprimida ... E, embora nunca o artista tenha falado sobre o simbolismo da pintura, deixou clara a sua intenção: "Em meus trabalhos recentes expresso o meu repúdio pela casta que afundou Espanha num mar de dor e morte", disse picasso enquanto pintava.
Em 1938, Guernica foi incluído em uma exposição que viajou para o norte da Europa. Na Inglaterra, onde foi requerido pela Comissão de Ajuda  aos Refugiados Espanhóis e mais tarde foi para Nova York, onde chegou em 01 de maio. Picasso tinha recebido uma proposta das Comissões de Socorro para angariação de fundos. Ele próprio custeou as despesas. Nos EUA, percorreu Los Angeles, San Francisco, Chicago, Boston e outras cidades até que foi instalado no MoMA em 1942, de onde apenas saiu para exposições pontuais. Nos Estados Unidos foi uma bandeira contra a guerra no Vietnam.
Em finais dos anos 60, Franco quis que este trabalho tão incómodo regressasse a Espanha, mas Picasso opos-se - "Só retorna com a República" - num gesto que foi uma bofetada no regime fascista de Franco. Picasso morreu em abril de 1973 não tendo chegado a vê-lo no seu país. Em 21 de fevereiro de 1981, seu advogado, Roland Dumas, assinou a autorização para o repatriamento de Guernika que chegou a Espanha em 10 de Setembro. Como milhares de republicanos, viveu quase meio século no exílio.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Curiosidades

Estas "Curiosidades" foram retiradas de publicações do Blogue C de...




23 de Dezembro de 2011

Modernização à Europeia

Novo estilo de mensagem de Natal do Presidente da República imposto pelo acordo com a Troika




3 de Dezembro de 2011

Curioso! PSD e CDS rejeitam uma proposta do PCP e depois apresentam a mesma proposta que aprovam





12 de Novembro de 2011

Che Guevara na ONU e as intervenções imperialistas dos EUA




11 de Novembro de 2011

Monumento à política de direita e submissão aos bancos e poder financeiro estrangeiro

Adivinha-se quem são eles...


6 de Novembro de 2011



25 de Outubro de 2011

Vi esta curiosa informação na página de Guilherme Antunes, no facebook:

SERÁ "BRUXARIA" OU ESTUDO E REFLEXÃO?

(Retirei este pensamento do Secretário-Geral do PCP, efectuado em 1988, numa publicação de Carlos Fonseca).

«A integração na CEE reduz os trabalhadores portugueses à condição de contratados a prazo. Amanhã instalam aí umas fábricas de componentes, na primeira altura vêem que os salários são mais baixos em qualquer país distante, encerram a fábrica aqui, inauguram uma fábrica lá e os trabalhadores portugueses ficam desempregados. Aqui está um aspecto da divisão internacional do trabalho. Mas há mais naturalmente. Nas pescas destroem as nossas pescas; na agricultura sectores com importância são sacrificados; projectos nacionais como a Siderurgia, a metalurgia do cobre e outros são abandonados. É uma divisão internacional do trabalho em que Portugal é o «sobrinho pobre, em casa da tia rica...».
Ver também no blog Ai Portugal Portugal! (aqui)


24 de Abril de 2011

20 de Março de 2011
Baptizado invulgar em França

Os pais de uma criança, escolheram como padrinhos, para seu filho, Antonio Guerrero, Fernando González, Ramón Labañino, Gerardo Hernández y René González, os 5 presos Cubanos injustamente condenados nos Estados Unidos por prevenirem actividades terroristas contra Cuba.

A escolha foi feita por os Cinco, "presos terem dado provas de grande coragem e valor, o que lhes permitiu ganhar o reconhecimento e respeito de milhões de progressistas em todo o mundo".

Na cerimónia esteve presente o presidente de França-Cuba, André Minier, a titular da mesma organização no País Vasco francês e a cónsul de Cuba en Francia, Ana María Chongo.


6 de Março de 2011 - 90º Aniversário do PCP


«O Comunista», o primeiro órgão do Partido Comunista Português, publicou-se entre 16 de Outubro de 1921 e 6 de Novembro de 1926, tendo sido publicados 55 números, com uma interrupção da sua publicação entre Novembro de 1921 e Maio de 1923. Durante a primeira fase, publicaram-se apenas 7 números, não se dispondo do número seis. Durante a segunda fase, publicaram-se quarenta e oito números, não se dispondo dos números 25 e 47.
«O Comunista» ocupa um lugar muito particular no historial da imprensa operária e partidária pelo facto de ser um jornal de partido, o partido político da classe operária, o PCP, fundado a 06 de Março de 1921.



“O Têxtil”, como vários jornais editados pelo PCP, dirigia-se a um sector profissional específico: aos trabalhadores têxteis.
“O Têxtil”, inicialmente copiografado e a partir do seu 3º número impresso, foi publicado, entre Janeiro de 1956 e Março de 1974, sendo a colecção integral que agora se dá a conhecer composta por 71 números, 1 suplemento ao nº 33 e uma separata do número 48 (Março-Abril de 1963).

“O Têxtil”, como “Orgão de unidade da classe têxtil”, desempenhou papel de grande importância, como instrumento ao serviço da organização e da luta de um dos mais numerosos sectores da classe operária portuguesa, num período crucial da luta contra o fascismo, de importantes acções de massas e da luta para colocar os sindicatos nacionais fascistas ao serviço dos trabalhadores.
Como se afirmava no 1º número (Janeiro de 1956) quer os trabalhadores se encontrem no Minho, no Porto, na Serra da Estrela ou no Sul, «O Têxtil” procurará ser a voz da classe», tendo como objectivo: Unir, orientar e organizar a nossa classe, será o papel do nosso jornal, o papel de “O Têxtil”
Foram estes os objectivos que presidiram à publicação de “O Têxtil” ao longo dos anos. Nas condições de repressão, na ausência de liberdade sindical, “O Têxtil”, cujas tiragens chegaram a atingir milhares de exemplares, lançou reivindicações, popularizou lutas, divulgou experiências de organização e de luta, cabendo-lhe importante papel como unificador dos operários têxteis em luta.


19 de Fevereiro de 2011

Do Arquivo Fotográfico da CML